domingo, 2 de julho de 2017

Fedra - Jean Racine

Resumo:

Fedra é uma tragédia escrita durante o império romano, baseia-se principalmente na tragédia de Hipólito e Eurípedes.
Retrata a história de Fedra esposa de Teseu e seu ato de luxúria com o enteado Hipólito.
Fedra por muito tempo esconde seu amor por Hipólito, por anos o afastou dela, e o fez ter ódio para que mantive-se o controle de seu amor. Após Teseu desaparecer e ser dado como morto, Fedra confessa a Enone sua confidente sobre seu amor por Hipólito após muito renunciar e desejar sua morte por seu delito, Enone por sua vez convence Fedra a conversar com Hipólito sobre seu filho para apoia-la sobre o reinado do filho, porém fedra não se controla e conta tudo a Hipólito, sobre seu amor. O mesmo tenta fingir não ter entendido, Fedra então pede que ele a mate e diz se condenar e odiar-se tanto quanto ele.
Hipólito por sua vez tem amor por Arícia, prisioneira de seu pai Teseu, que matou todos seus familiares, restante apenas ela, um amor proibido.
Fedra consola-se então por Hipólito negar seu amor por seus ideais religiosos, e sua reputação de renegar o amor e suas luxúrias.
Após sua confissão, surgem boatos de que Teseu ressurgiu e está vivo.
Com isso Enone tem a ideia de ir dizer a Teseu que seu filho Hipólito, aproveitando-se de sua morte tentou seduzir Fedra, o que deixa Teseu furioso.
Conversando com Hipólito não acredita em nada que ele diz, e amaldiçoa-o pedindo a Netuno que o vingue.
Após Teseu contar a Fedra que Hipólito disse amar Arícia, ela entra em surto por ciúmes, culpa Enone e a mesma se mata com medo do suicídio de sua patroa e suas acusações.
Após a morte de Enone, Teseu desconfia da infidelidade de Fedra para consigo. Quando surge para falar com Hipólito descobre que um monstro o atacou na floresta e após o enfrentamento Hipólito venho a falecer.
Quando Teseu surge para questionar Fedra descobre então que está venho a suicidar-se.
Teseu resolve então adotar Arícia como sua filha e convive eternamente com a traição de sua esposa e a morte de seu filho, causada por sua culpa.

Curiosidades:

Complexo de Fedra

"Refere-se à mãe que se apaixo­na por seu filho. O termo também é usado com referência a uma atração não-patológica entre padrasto e enteada (ou madrasta e enteado), uma contrapartida da relação edipiana, obser­vada mais freqüentemente em conseqüência das taxas cada vez maiores de divórcio e novo ca­samento."


Citação escolhida pelo grupo


"FEDRA
Ah! sim, cruel! bem m’entendeste.
Para te desenganar disse bastante.
Pois bem! conhece Fedra, e seus furores.
Amo. Não penses que a meus próprios olhos
Inocente, os ardores meus aprove;
Nem que do fero amor que me enlouquece
Nutra o veneno a minha complacência.
Infausto objeto das celestes iras,
Mais me odeio, que tu me não detestas.
Sabem-no os deuses que em meu seio o fogo
Acenderam, fatal a toda a estirpe;
E que de seduzir fazem alarde
Incauto coração de mortal frágil.
Lembre-te mesmo do que se há passado.
Fugir-te não bastou, fiz expulsar-te;
Cruel! quis-te parecer feroz, tirana;
Para melhor resistir, busquei teu ódio.
Mas que me aproveitou cuidado inútil?
Tu me odiavas mais, eu mais te amava.
Novas graças te dão teus infortúnios.
Eu me abati, mirrei no fogo, e pranto.
Para to persuadir bastam teus olhos,
Se um momento teus olhos podem ver-me.
Que digo? A confissão tão vergonhosa,
Que acabo de fazer, crê-la espontânea?
Pra um filho, que trair não me atrevia,
Vim tremendo pedir vossa amizade.
Projetos vãos de um peito apaixonado!
Ah! só pude falar-te de ti mesmo!
Vinga-te: de odioso amor me pune.
Digno filho do herói que te deu vida,
Dum monstro que te irrita o mundo livra.
De Teseu a viúva, amar Hipólito!...
Crê-me, não deixes mais viver tal fera;
Eis o meu coração: deves rasgá-lo.
Impaciente de expiar a ofensa,
Ante o teu braço sinto que se avança.
Fere: ou se o crês indigno de teus golpes,
Se um tão doce suplício inda m’invejas,
Ou se em sangue tão vil temes manchar-te,
Em falta de teu braço, dá-me a espada,
Dá."


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