RESUMO DA OBRA
O banquete é um diálogo produzido por Platão em torno de 380 a.C. Inicia-se o diálogo com o encontro entre Apolodoro e Glauco, onde Apolodoro que interpelado por Glauco conta como teria sido o banquete realizado na casa de Ágaton, conta assim como ouviu de Aristodemo.
Aristodemo que encontra Sócrates que está a caminho da casa de Ágaton e o convida para acompanhado.
O banquete ocorre após uma longa comemoração sobre a premiação do poeta Ágaton e após uma noite de bebedeira resolvem os participantes, Fedro, Pausânias, Erixímaco, Aristófanes, Sócrates e Alcebíades, evitar excessos como da noite anterior e apena usar desse encontro para conversar.
Erixímago sugere então que conversem sobre o Deus do amor, Eros. E o tema foi aceito por todos. Inicia-se então com Fedro que fala sobre o conceito de amor e que Eros existe desde o início do mundo e não há nada mais virtuoso que amar. Pausânias fala obre os dois lados do amor, sua bondade e a maldade presente nele. Erixímado usa da medicina e fala sobre a harmonia entre o corpo e a alma, Aristófanes fala que o homem desconhece o amor e da real natureza humana, que possui três gêneros e explica isso com o mito do amor romântico, onde o homem foi dividido e vive a procura de sua metade, os três gêneros apresentados por ele são o masculino masculino, feminino feminino e o masculino feminino, chamado como andrógino. Ágaton resolve enumerar os dons do amor.
Sócrates então elogia o discurso de todos e diz não saber se consegue chegar ao nível de seus companheiros, cita então o discurso que ouvira de uma sacerdotisa, a Diotima. Para ela o amor é uma carência do que seja bom ou belo, fala que o amor é uma constante busca pela posse.
Alcebíades então entra bêbado e passa a falar sobre Sócrates, fala dele como um sedutor de jovens. Com o tumulto causado por Alcebíades todos passam a beber, alguns foram embora e Sócrates apenas pela manhã deixando então Ágaton e Aristófanes dormindo.
CITAÇÃO ESCOLHIDA PELO GRUPO
“no que há de mais brando entre os seres (...) nos costumes, nas almas de deuses e de homens ele fez sua morada, e ainda, não indistintamente em todas as almas, mas da que encontre com um costume rude ele se afasta, e na que o tenha delicado ele habita.” (p.34)
CURIOSIDADES
O que é Andrógeno:
Andrógeno (ou androgênio) é um hormônio que dá origem ao desenvolvimento de características próprias do sexo masculino, sendo o mais conhecido a testosterona.
Os androgênios foram descobertos em 1936 e foi a partir deles que se criaram os hormônios estrógenos (ou estrogênios), que são os hormônios sexuais femininos.
Portanto, andrógenos e estrógenos (ou androgênios e estrogênios) são, respectivamente, os hormônios sexuais masculinos e femininos.
Andrógeno x Andrógino
A palavra "andrógeno" é formada pela junção dos termos gregos "andro" (homem, masculino) e "gen" (sufixo que exprime a ideia de gerar, produzir). Por se utilizar algumas vezes a grafia "andrógeno" e não "androgênio", há uma certa confusão com a palavra parônima "andrógino". Andrógino é o mesmo que hermafrodita, que possui simultaneamente órgãos reprodutores (ou características) masculinos e femininos. A palavra é formada pelos termos gregos "andro" (masculino) e "gyne" (feminino)"
OPINIÃO DO GRUPO
Achamos muito interessante esse texto pelo conteúdo filosófico que traz e também pela forma como os discursos são narrados, em especial quando Alcibíades encena o amor durante o Banquete. A leitura é leve, divertida e nos aproxima dos costumes e pensamento da época. Lendo essa obra vemos como o nosso entendimento de amor não está tão distante da Grécia Clássica, portanto a forma como vemos e vivemos os afetos é muito mais cultural do que natural, biológica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário